Mochileiro já está na Europa!

Que semana!!! Não parei um minuto sequer e não senti a os últimos dias passando. Voou!

Apesar de todo planejamento, parecia que a cada dia eu tinha mais coisas para fazer. As vacinas não acabavam (foram 16 no total), sempre tinha um passe de trem a ser comprado, um visto pra ser tirado ou algo que eu não poderia deixar de levar. Pois é, acabei arrumando a mala tarde, saindo de casa com pressa e esqueci coisas importantes como meu conversor de moedas (o que me deixou mais triste), a minha toalha (banho nos primeiros dias pra quê?), um relógio com 2 fusos (abençoado Free Shop) e um fio pra improvisar um varal (nada que um cadarço não resolva). Paciência! 

Ao sentar na poltrona 15D do Airbus 340 da TAP no último sábado, um mistura de cansaço, alívio, preocupação e emoção tomou conta de mim. É, eu realmente estava começando a realizar um sonho!

Um filme dos últimos meses passou na minha cabeça. Lembrei de janeiro, quando decidi tentar colocar esse projeto em prática, do planejamento, dos preparativos, das muitas lindas palavras (faladas por conhecidos ou escritas por desconhecidos), até aquele minuto, onde pessoas liam, crianças choravam outros dormiam e eu sorria, sozinho, entre outros 250 passageiros que lotavam o avião. E aí pensei: esse filme esta só começando!

Quando eu só ouvia as turbinas do avião e a luz do meu lap top era uma das poucas acesas,  parei para agradecer tudo que eu estava vivendo. Agradeci por ter começado a minha viagem bem, agradeci por ter pessoas maravilhosas ao meu lado, que me ajudaram muito e que serei eternamente grato. Agradeci por ter saúde para realizar esse sonho e, por fim, pedi proteção e muita energia para viver os próximos meses da melhor forma possível. Daí veio um nó agudo na garganta e meus olhos ficaram cheios de lágrimas. Alguns minutos depois pequei no sono.

Amanheceu em Lisboa e lá estava eu, na primeira fila de imigração da minha viagem. Em vez fazer aquelas perguntas sobre o dinheiro, o tempo que passaria em Portugal, etc, o agente da polícia portuguesa, bateu papo, perguntou quanto se gastava em uma viagem como essa e mostrou o bolo de bilhetes aéreos ao colega ao lado. Me desejou boa sorte e carimbou meu passaporte. Daí em diante só me restava esperar pela conexão para Madri. Cheguei na capital espanhola que tinha temperatura na faixa dos 20 graus e céu encoberto.

Aproveitei a tarde para passear pela cidade e relembrar lugares que marcaram meu ano de 2001, quando morei e estudei por aqui. Nessa terça embarco logo cedo para Granada e ali encontrarei a primeira Maravilha da minha viagem.

Agora não tem mais volta, já estou pelo mundo. Continue acompanhando essa aventura aqui! Até a próxima semana, de algum lugar do planeta!

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Coluna publicada no portal iG Turismo em 05/06/2008

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