Mochileiro desvenda o Marrocos!

O próximo destino era o Marrocos. Para chegar lá, foram cinco horas de viagem até a cidade portuária de Algeciras (Espanha), mais uns 20 minutos de ônibus até a cidade de Tarifa e outros 40 minutos para atravessar o Estreito de Gibraltar. Há barcos que saem direto de Algeciras, mas são mais lentos e eu precisava chegar a tempo de pegar outro transporte a Casablanca.

Após pisar em solo africano, busquei a CTM, principal empresa de ônibus do Marrocos. Trem àquela altura, nem pensar! Depois de 5h finalmente Cheguei a Casablanca. No começo da manhã, fui tentar achar a agência de uma conhecida, que me deu várias dicas sobre Marrocos. Sumiko, nissei nascida em Atibaia, que vive no Marrocos há 22 anos e é casada com o marroquino Amine. Essa era a ficha do meu anjo da guarda no Marrocos.

Encontrei a agência e conheci Sumiko pessoalmente, já que nosso vago contato, até então, havia sido profissional há algum tempo e recentemente pela internet. O papo foi ótimo e logo recebi um convite pra almoçar. O convite para o almoço se estendeu para uma hospedagem. Estava convidado a ficar na casa desse simpaticíssimo casal.

 

Com eles, visitei a Mesquita Hassam II (a mais alta do mundo), conheci a feira internacional de ofertas de Casablanca, Salão de Viagens, Turismo e Lazer do Marrocos – fazendo negócios aqui, claro!- , fiz uma caminhada pela calçada de Corniche (praia com piscinas de água salgada) e assistimos uma apresentação de acrobacias chinesas no teatro Mohamed V, em comemoração ao 51º aniversário de relacionamento diplomático entre China e Marrocos.

O segundo dia, fui conhecer Rabat, a capital oficial do país. Lá encontrei amigos (Yuko, japonesa e Zanane, marroquino) dos meus anfitriões e fomos ao Palácio Real. Parece que o atual rei é simples e, contrariando as regras oficiais, se casou com uma moça do povo. Mas o palácio dele não é nada simples. Aliás, ele tem um em cada grande cidade do país.

Depois do almoço, visita à antiga cidade romana de Chellah, que hoje está em ruínas e é ponto turístico – foi destruída por um terremoto há muitos anos. Fomos também à Oudaya Kesbah, onde há um pequeno castelo e pode se avistar a população local na praia. Tudo de graça, afinal, Sumiko é guia de viagens aqui e eu sou “o repórter brasileiro que está rodando o mundo”.

Tão engraçado como isso só eu ouvindo árabe, japonês e francês no meio dos dois casais. Entre paradas para o meu português e o inglês, eu tento participar arriscando um trés bien ou um oui e me divirto com o restante.

 

 

O domingo foi pela parte central de Casablanca, onde conheci o mercadão local, o Mercado das Azeitonas e depois um almoço na cidade de Mohamedia. Voltamos para casa. Hoje vou a Marrakesh onde fico até quarta-feira, rumo a Paris. Na semana que vem vocês saberão como foi minha despedida do Marrocos, país que me acolheu tão bem e já sinto saudades.

Semana que vem tem mais!

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Coluna publicada no portal iG Turismo.

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