Mochileiro das Maravilhas no Camboja!

Foi especial ter a companhia de dois amigos durante minha passagem pela Tailândia. Mas era hora de seguir meu caminho – e eles, o deles. Em apenas duas horas deixamos de ser um trio. Cada um seguiu para seu lado e a vida continuou, agora com muitas outras coisas para se recordar. Olhei para os lados e pensei: é mochileiro, sozinho de novo!

Com meus amigos, a caminho do Angkor Wat

Sozinho nada. Como sempre digo, quando se está sozinho, nunca ficamos sozinhos! E assim foi logo no ônibus que me levou de Bangcoc até a fronteira com o Camboja, onde conheci outros mochileiros que tinham o mesmo destino final. Quatro horas de tranquila viagem, com as explicações sobre o pedido de visto, e chegamos na fronteira da Tailândia com o Camboja. Deixar o passaporte na mão de alguém sempre me deixa preocupado, mas às vezes não temos outra alternativa!

Carimbo ganho, fronteira atravessada e eu estava em Poipet, primeira cidade do Camboja – um dos países que, com certeza, eu tinha menos informação antes de chegar.

Um ônibus com mochileiros, seis horas de viagem – para percorrer153 quilômetros- em uma estrada de lama com uma paisagem inesquecível. Arrozais e algumas distantes montanhas compunham o cenário dessa viagem. Por vezes, passávamos por algum vilarejo, onde crianças corriam e acenavam acompanhando nosso veículo por alguns metros até sumirem no horizonte.

O grande Angkor Wat, no Camboja

A uma certa hora, o sol baixou e o breu tomou conta de tudo. Só se ouvia o ranger da lata daquele lento e velho ônibus, junto com som dos pneus, na estrada encharcada. A fraca luz dos faróis iluminava o meu caminho até a próxima maravilha, o Angkor Wat. Certa vez li que o Camboja não é um lugar para férias, e sim, para aventura. Agora, eu tinha certeza!

São mais de 60 quilômetros quadrados de inúmeros templos, que foram construídos há séculos. Entre eles está Angkor Wat – o maior, mais importante e imponente templo de todo o complexo. Este é também a maior construção religiosa do mundo – primeiramente hindu e , após sua fundação, budista.

Angkor Wat é tão importante para os cambojanos que não está só dentro dessa selvagem região do sudeste da Ásia. Ele está na bandeira do país, nas cervejas vendidas nos pequenos mercadinhos, em todos os quadros vendidos pelos pintores locais e na cabeça de toda a população, que, realmente se orgulha desse, que com certeza, é um os maiores tesouros do mundo.

Um dos templos do Angkor Wat tomado pelas imensas árvores.

Atravessar a entrada do Angkor Wat é, além de especial, impressionante. Seu tamanho, juntamente com a riqueza de detalhes que descobri quando o vi de perto, o deixou ainda mais belo. As enormes e escuras pedras que o formam, juntamente com toda a mata que o rodeia, dão a esse templo um ar selvagem que transborda história e beleza.

Andando pelas ruas de Siem Reap, cidade mais próxima do complexo Angkor e também por dentro dele, tive contato direto com a população, que carrega marcas de um extenso e recente período de guerra e ditadura, em que mais de ¼ da população morreu. Um doce brilho no olhar dessas pessoas contrasta com toda essa recente e sangrenta história que fez o país ficar pequeno perto de toda a grandiosidade de Angkor Wat.

Hoje, 70% da população vive da agricultura, que tem como arroz sua principal atividade. O restante vive do turismo. Em cada templo, livros, camisetas, souvenirs e bebidas eram oferecidos, em um esforçado inglês que começa a ser aprendido desde os primeiros passos de cada criança.

O Camboja e o Angkor Wat eram interrogações na minha viagem. Hoje eles são realidade, beleza e alegria.

Mas é hora de seguir! A aventura segue. Semana que vem estarei em outro ponto do planeta que ainda não defini, pois talvez mude um pouco minha rota. Adoro surpresas!

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