Peru “desconhecido” – Parte II

Demorou mais do que deveria, mas a segunda parte do mochilão dos jornalistas / mochileiros Rafael Bresciani e Renato Pazikas está aqui! Se você não leu a primeira parte desta aventura, clique aqui e dê uma olhada antes de saber como foi o final!

Continuando por Cuzco, eles seguiram pelo Peru visitando lugares incríveis…

Cuzco à noite“Essa cidade, sim, merece ser visitada sempre que se for ao Peru. Sua arquitetura que mistura os estilos indígena e europeu e a sua característica cosmopolita, devido ao grande número de turistas de todas as partes do mundo, dá a Cuzco uma atmosfera única e que merece alguns dias, e noites, de dedicação. Para ocupar os dias, dois passeios pouco tradicionais valem bastante a pena quando já se conhece o básico: rafting no Urumbamba e paragliding sobre o Valle Sagrado. São bem divertidos e emocionantes, apesar de um pouco salgados.

Altos preços não vão faltar se a sua opção for explorar (ou ser explorado) pelas agências de turismo locais. A jóia da região, Machu Picchu, é praticamente inacessível sem que se pague um mínimo de US$ 100 e isso sem contratar agência nenhuma, afinal, o trem custa US$ 50 cada perna. Se a sua opção for fazer alguma trilha ou passeio para chegar à cidade perdida, prepare-se para gastar no mínimo cerca de US$ 200 ao escolher entre uma dessas três opções: trilha Inca tradicional de três dias, que além de ser a mais cara ainda exige reserva com três a quatro meses de antecedência; trilha de Salkantay, um pouco mais barata e que consiste em cinco dias andando pela floresta até Águas Calientes e vendo mais belezas naturais do que ruínas; e o que as agências chamam de Mountain Bike Trail, que consiste em um passeio de três dias por caminho alternativo até Águas Calientes, onde no primeiro dia se anda de bicicleta e nos outros dois à pé, até a cidade na base da montanha onde está a cidade Inca.

Por motivos que flutuam entre um orçamento contido e a falta de paciência para com passeios guiado, optamos pela única opção possível sem guia e que não é ir e voltar de Águas Calientes de trem. Descobrimos o trajeto do tour de mountain bike e o fizemos por conta, de ônibus e coletivos. Em suma, saí mosde Cuzco às sete da manhã de uma rodoviária alternativa, chamada terminal Santiago, e que não passa de uma rua onde os ônibus param na frente dos escritórios de cada companhia. De lá, fomos para Santa Maria, onde cheguei por volta da uma da tarde e logo pegamos um coletivo que nos levasse a Santa Tereza. Mais duas horas por estradas estreitas e despenhadeiros e chegamos à outra vila. De lá, mais vinte minutos em outro coletivo que nos deixou à beira da Hidrelétrica de Santa Tereza, por onde passa a linha de trem que vai a Águas Calientes. Mais nove quilômetros de caminhada e chega-se ao destino final no fim da tarde. Um farto jantar e uma boa noite de sono podem te ajudar a carregar as baterias para o dia seguinte.

Deixamos o albergue às quatro e meia da manhã do dia seguinte e partimos à pé para Machu Picchu. A subida é bem íngreme e cansativa, mas depois de uma hora e meia se chega à base da cidade perdida. É aconselhável ir direto para a portaria do Wayna Picchu, aquele famoso monte que tem atrás da cidade, visto pela foto mais tradicional das ruínas. A pressa nesse assunto se justifica pelo fato de apenas quatrocentas pessoas poderem subir ao Wayna por dia, sendo duzentas no horário das sete da manhã e outras duzentas às dez da manhã. Depois de subir por mais cinqüenta minutos aproveite a vista e descanse. Depois de descer, dedique ao menos quatro horas para caminhar pelas ruínas. Findo o dia, é hora de voltar para Cuzco, dessa vez de trem (com a passagem comprada com antecedência para não ter a surpresa de ter que dormir uma noite mais em Águas Calientes) e de lá partir para o próximo destino: o deserto de Nazca.

 

Renato e Rafael em Ica, no Peru

 

Por lá não há muito o que fazer e creio que pode-se resolver em um dia. Use a manhã para conhecer o Cemitério de Chauchilia, onde existem múmias do ano 100 aC e logo em seguida vá para o aeroporto para voar as linhas. Não pague mais do que US$ 50 por esse passeio e, se possível, contrate a companhia no aeroporto, pechinchando bastante. As linhas são impressionantes. As formas perfeitas vistas do céu dão a impressão de ser um parque de diversões feito pelo homem moderno e não desenhos no chão com milhares de anos de existência. No final do dia, se houver tempo e pique, fazer sandboard no Cerro Blanco, uma duna de areia de 2070 metros, pode ser bem divertido.

Para finalizar a aventura, uma cidadezinha caótica a poucas horas ao norte de Nazca traz uma surpresa interessante. É em Ica onde se localiza a lagoa Huacachina, um oasis artificial cercado por dunas de areia e com hotéis, albergues e restaurantes bem confortáveis. Por lá, o sandboard e passeio de boogie são indispensáveis e também é possível contratar tours que te levarão até a reserva natural de Paracas, chamada também de Galápagos dos pobres, onde se pode entrar em contato com a fauna marinha como focas, golfinhos e leões marinhos.

É claro que não é “só” isso que o Peru tem. Ainda se pode encontrar muito o que fazer em lugares como Arequipa e o Canyon de Colca, ou mais ao norte, na região de floresta tropical de Iquitos, mas isso, fica para outra aventura.”

Que viagem, hem?! O Perú realmente é mágico!

Se você ambém tem uma história bacana, me mande por email e compartilhe, aqui, no “Nossa Viagem” a sua experiência com outros mochileiros e viajantes!

Até a próxima!

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