A Coreia, dos velhos e dos novos amigos do Mochileiro.

Do centro de Hong Kong, usei o moderno sistema de check-in com despacho de bagagem desde a estação de metrô e segui para o aeroporto, tranquilo, carregando apenas a mochila pequena e meus documentos!

O voo saiu pontualmente e, no começo da manhã, eu já estava na Coreia do Sul, pra encarar, pela primeira vez, inverno de verdade! Sim, a temperatura estava nos negativos e todas as roupas de frio saíram imediatamente da mochila. No planejamento da viagem já contava com isso, pois, em uma rota de volta ao mundo, passando pelos dois hemisférios, fica difícil se livrar do frio. Na minha viagem, consegui me planejar para que os países visitados estivessem em épocas de temperaturas mais amenas. A Coreia foi a única exceção.

Eu e Raul, novo amigo

Foi aqui que o programa “Adote um Mochileiro”, feito no começo da viagem , atingiu a sua maior distância. Pois é, do outro lado do mundo, quem diria! Conheci Raul, amigo chileno de uma grande amiga paulista, que abriu as portas da sua casa em Seul e me recebeu como um irmão, mesmo com uma filhinha recém-nascida em casa. Ô cara gente boa!  Lá estava eu, em Itaewon, ótimo bairro de Seul, com meu espacinho, adotado por novos amigos!

Aliás, se não fosse a ajuda dele e de sua esposa, além de passar frio, eu não teria chegado tão longe, nem teria conhecido metade do que conheci!

Após pegar o ônibus indicado que segue do aeroporto a alguns hotéis do centro, entrei no Hyatt (cena engraçada!) e usei o telefone público deles para ligar para o Raul. Em alguns minutos ele apareceu e enfim nos conhecemos pessoalmente.

DMZ – a Zona desmilitarizada das Coreias

O primeiro programa do dia não foi nada interessante. Fomos consertar a minha câmera Samsung, que mais uma vez me deixou na mão, mas depois que tudo estava resolvido e nos dias que se passaram, Raul conseguiu umas janelas na sua agenda de músico – ele é percussionista da Orquestra Sinfônica de Seul – e passeou um pouco comigo. Foi a lugares a que nunca tinha ido, como o estádio de futebol onde a Copa de 2002 foi disputada, fomos juntos à região de DMZ, a zona desmilitarizada, na fronteira entre as Coreias, e também me levou para provar sabores típicos do país, como o Bibimbap, que é uma mistura de arroz, carnes e vegetais e também o churrasco coreano, que é servido em uma mesa redonda grande onde a carne é assada. Ah, é claro que não poderia deixar de experimentar, o Makkoli, que é a bebida típica dos coreanos, feita à base de arroz. O engraçado é que ele me fez provar todos os tipos de Makkoli e voltei para casa bem feliz, mais do que o normal!

Fora isso, mesmo quando Raul não podia estar comigo, me orientava para conhecer os lugares e não me perder. Eu seguia, com o mapinha na mão, pedindo informações, no estilo mochileiro sem guia, que também me agrada bastante!

No centro de Seul

Foi assim que passei meus dias na capital da Coreia. Conheci o centro histórico, o Museu do Rei Sejung, responsável pela criação do alfabeto coreano, o Palácio Imperial e o rio Cheong Gye Cheon, que já foi um dos mais poluídos do mundo, mas hoje é um cartão postal, símbolo e orgulho dos coreanos e exemplo para todos, inclusive para nós!

Além de tudo isso, ainda deu tempo de rever velhos amigos. Kong, meu amigo tailandês que conheci na Nova Zelândia em 2006 e reencontrei na Tailândia em 2008 durante minha primeira volta ao mundo, estava em Seul, trabalhando em uma estação de esqui e visitando a namorada coreana. Suficiente para um reencontro e muito papo!

Seul foi a minha porta de entrada na Coreia, daqui sigo para Jeju, ilha do amor e uma das maravilhas naturais do planeta! Fiquem de olho!

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