Mochileiro visita a Grande Muralha!

Me despedi da Índia com uma visita ao memorial do pequeno grande Gandhi e cheguei à China, país que cresce e se desenvolve assustadoramente, que tem a maior população do mundo – mais de 1,3 bilhão de habitantes -, que é sede de uma Olimpíada pela primeira vez na sua história, e que tem a Maravilha número 1 do Mundo Moderno: A Grande Muralha! 

Muralha da China

A China está de braços abertos para receber turistas do mundo todo. Especialmente nos últimos dias, por causa dos Jogos Olímpicos.

Apesar de algumas barreiras com o idioma e de ainda conservar algumas rígidas regras culturais, o país tem tudo para fazer a maior, melhor e mais bonita Olimpíada que se já viu. Isso ficou claro na cerimônia de abertura, em que o mundo se encantou com o espetáculo de cores e sons proporcionado.

A entrada da Cidade Proibida

Mas o mais bonito disso tudo foi ver povos de costumes totalmente distintos, que não falam o mesmo idioma e que não têm a mesma crença, se confraternizando e tentando se comunicar, seja com a boca, com as mãos ou com o olhar.

Tão diferentes de nós ocidentais, os chineses estão se esforçando. Nota-se no rosto de cada um, seja ele de Pequim ou de outra região, que realmente querem interagir, trocar experiências e, de alguma forma, ajudar os turistas que cruzaram o mundo para chegar até aqui. Até para melhorar o poluído ar da capital eles se mobilizaram – apenas 50% dos carros circulam pelas ruas de Pequim durante a Olimpíada e as fábricas estão paradas. Medalha de ouro para eles!

Novos amigos na Cidade Proibida

 

Sem ingresso para as competições, estou curtindo a Olimpíada nas ruas. Nas poucas horas que fiquei no centro de Pequim no dia da cerimônia, muitos chineses me observaram, outros arriscaram sorrisos e tchauzinhos, alguns pediam para tirar fotos (ou simplesmente tiraram sem pedir) e uns poucos, mais “abusados”, sentaram para tentar conversar.

Foi o que fez o jovem Lian, que, num esforçado inglês, perguntou se poderia ser meu amigo. Depois do nosso papo e da amizade aceita, ele pediu licença e disse que era hora de ir embora. Sem dúvida alguma, essa experiência foi, principalmente para ele, uma grande ruptura na barreira que ainda existe entre o Oriente e o Ocidente. Viva a globalização! Viva a Olimpíada!

Neste eufórico clima olímpico, visitei belíssimos pontos turísticos de Pequim, como a gigantesca Praça Tiananmen – a maior do mundo – e a Cidade Proibida, onde 24 Imperadores moraram durante algumas dinastias dos antigos tempos da China.

Mochileiro na Muralha

Mas a China não seria a mesma se não fosse cortada, de leste a oeste, pela Grande Muralha. A maior obra que o homem já construiu se estende por mais de 6 mil quilômetros e começou a ser erguida em220 A.C, aproveitando outras construções que já existiam, com a finalidade de proteger a China de invasões de tribos da Mongólia.

Visitar a Muralha é algo inexplicável. É como se estivesse fazendo parte de toda a história que ela tem para contar. A cada torre que fica para trás com um (ou mais) simpático chinês dentro – vendendo água, fazendo a segurança, jogando cartas, dormindo ou simplesmente vendo o tempo passar – um novo capítulo desse monstro de pedra começa.

Em quatro horas, percorri oito quilômetros e passei por 30 torres. Mesmo cansado do sobe e desce das montanhas, não consegui parar de sorrir por ter passado um domingo tão especial sobre essa real Maravilha do nosso planeta.

Aviso! Muralha da China

Visitando a Muralha

A Muralha, pelo seu tamanho, pode ser acessada por diversos pontos. Desde Pequim, há três pontos principais para quem quer visitar essa Maravilha:

1)    Badaling – parte da Muralha que foi reconstruída. Fica a 40 quilômetros de Pequim e é o ponto mais turístico e estruturado dessa Maravilha.

2)    Mutianyu – parte antiga que fica a aproximadamente 60 quilômetros de Pequim. A caminhada nessa parte é considerada de nível médio no que se refere à dificuldade.

3)    Jinshanling to Simatai – Trekking de oito quilômetros entre essas duas regiões da Muralha. O início está a 110 quilômetros de distância de Pequim. Subidas e descidas íngremes durante o percurso de quatro horas, passando por partes conservadas e ruínas da Muralha. Pode ser finalizada com uma tiroleza (que foi a minha opção).

Muralha da China é patrimônio da UNESCO

De Pequim sigo para Xian. Na semana que vêm já estarei no Japão. Não perca minha chegada na Ilha mais famosa do Oriente.

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