Mochileiro no topo da torre mais alta do mundo!

No ano de 1995, dezenove anos após sua construção, a CN Tower entrou para o Guiness Book, o livro dos recordes, e foi eleita uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno * pela Associação Americana dos Engenheiros Civis, por desafiar os limites das conquistas humanas. E como já disse antes, se é (ou acham que é) Maravilha, eu quero ver! Então lá fui eu, para o alto da torre mais alta do mundo!

 

No alto da CN Tower

 

O elevador panorâmico começou a subir a 22km/h. Meus olhos acompanhavam as janelinhas passando e Toronto ia ficando menor. Em exatos 58 segundos, já estava há mais de 350 metros do chão. Senti frio na barriga; milhares de coisas passaram na cabeça. Peguei outro elevador, dessa vez fechado, e cheguei ao mais alto possível:447 metros! Estava na cúpula de vidro da CN Tower, o observatório mais alto do planeta.

Confesso que demorei alguns segundos para me acostumar e ficar à vontade. Mas depois curti muito a vista e a reação das pessoas, que, assim como eu, também demonstravam aquele desconforto inicial da chegada ao observatório.

 

De lá de cima, pude observar bem longe. Vi a Younge Street,  maior rua do mundo; a mesma pela qual tanto caminhei vendo as lojas e enfeites de Natal, virou uma minhoquinha sem fim. O Air Canadá Centre, onde assisti a um emocionante jogo de hockey, também se tornou uma miniatura. As pessoas, formigas. Os carros, ônibus e trens, pequenos demais até para parecerem de brinquedo.

Em um canto da torre, uma placa chamou atenção: “Em dias totalmente claros, é possível observar muitos quilômetros de distância, até as Cataratas do Niagara.”. E vejam que Niagara está a 130 km de Toronto, ao lado do lago Ontário, já na divisa com os Estados Unidos. Como eu não pude ver de lá, tive que ir pessoalmente. E gostei muito!

Niagara é cheia de atrações. Hotéis, cassinos, museus e entretenimento. Mas nada que supere uma das incríveis obras da natureza: as Cataratas. Sempre que ouvia falar destas quedas d´água, duas imagens vinham à minha cabeça: a do Pica-Pau descendo de barril, e as nossas cataratas, em Iguaçu.

O Pica-Pau não apareceu – acho que as águas estavam muito geladas para ele. E mesmo sendo fã incondicional das quedas brasileiras, tenho que admitir que as Cataratas de Niagara são lindas e não ficam pequenas perto das nossas. São, simplesmente, diferentes!

 

 

O volume de água é imenso e a cor é algo incrível. Um anil que se transforma em branco conforme ela despenca do alto dos seus 60 metros. O pouco vento daquele dia permitiu observar quase que toda a garganta que engole aqueles milhões de litros d´água por segundo, que é o mais impressionante. O volume de água que passa por aquele lugar e aquele som mágico deixam qualquer um de boca aberta. O espetáculo foi ainda mais completo quando fui à plataforma de observação, que fica bem pertinho da água. Era uma imensa cortina líquida que levantava uma nuvem de vapor, tudo emoldurado pelo gelo que está se formando com a chegada do inverno. Mais uma vez pude ver de perto como a natureza é perfeita. Inesquecível!

É hora de dizer adeus à América do Norte e definitivamente tomar o rumo de casa. Vou para a América do Sul ver as Maravilhas do nosso continente. Começam agora os últimos capítulos da minha aventura pelo planeta. Não perca meus passos pelo Peru. Até semana que vem aqui!

* Maravilhas do Mundo Moderno pela Associação Americana dos Engenheiros Civis: Empire State Building (Nova Iorque – EUA), Dique Zuiderzee (Mar do Norte, Holanda), Canal do Panamá, Golden Gate Bridge (Baía de São Francisco – EUA), Eurotunel (no Canal da Mancha, entre Inglaterra e França) e Hidrelétrica de Itaipu (Foz do Iguaçu – BRA).

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