Iorana, Ilha de Páscoa!

Estava em Santiago, no Chile, preparando as coisas para a viagem à Ilha de Páscoa, quando recebi um convite para um futebol despretensioso. Oportunidade para tirar as teias dos pés, que andaram caminhando muito, mas viram poucas bolas nos últimos meses. No vestiário, durante aquele bate-papo de fim de jogo, descobri que o goleiro do meu time era de Rapa Nui, ou seja, nascido na Ilha de Páscoa, local da minha última Maravilha internacional. 

Em poucos minutos o meu problema com acomodação estava resolvido. Aliás, mais do que resolvido. Juan ligou para o irmão, que falou com o pai. Essas duas ligações foram suficientes para que, dois dias depois, eu já estivesse hospedado na pousada do Sr Juan pai, um dos moradores mais antigos da Ilha de Páscoa. Também pudera: a família dele, na década de 50, foi a responsável por abrir as portas da ilha mais isolada do mundo para o turismo!

Foram cinco horas sobre o mais azul dos oceanos. Cortamos o Pacífico e chegamos ao “Umbigo do Mundo”, como é conhecida a Ilha de Páscoa, que leva esse nome justamente por ter sido descoberta pelos europeus em um domingo de Páscoa. Ela é parte da polinésia Oriental, mas, oficialmente, pertence ao Chile.

A Ilha é diferente de tudo que já havia visto. A sensação de isolamento é realmente forte. Praias lindas, montanhas verdes e um simpático vilarejo, compõem a paisagem. Mas o carinho do povo Rapa Nui não te deixa se sentir só. Na chegada, recebi um colar de flores, as boas-vindas e um largo sorriso.

Espalhados por todo território da Ilha de Páscoa estão os mundialmente conhecidos Moais. As gigantes estátuas de pedra são a maior atração do local. Conta a história os Moais que foram construídas pelos Orelhas Largas, grupo que dominava o local há algumas centenas de anos. Toda vez que um Orelha Larga morria, um Moai era feito para ser erguido sobre a cova dele. Desta forma, acreditavam que o morto sempre continuaria observando e controlando seu território. Mas de fato, não existe uma certeza sobre essa versão!

No lado leste da ilha está o vulcão Rano Rarako, local onde eram construídos os Moais e que, até hoje, abrigam estátuas inacabadas fixadas nas rochas. O local coloca pontos de interrogação na cabeça de todos que o visitam. Como essas pesadas estátuas eram levadas para todos os lados da ilha? Porque a maioria dos Moais está voltada para a Ilha e apenas uma fileira com sete totens está colocada de frente para o Mar? Mistério que envolve essa Maravilha e que a deixa ainda mais atraente!

Foram inesquecíveis três dias na porção de terra mais distante de qualquer coisa no planeta.  Moais, vulcões, o fundo do mar e a simpática e feliz população Rapa Nui vão deixar saudades. Na pousada conversando com pessoas da ilha, caminhando pelas ruas da cidade ou perto do mar, de moto, explorando todos os cantos dessa Maravilha ou até debaixo dágua, a Ilha de Páscoa me encantou. Distante, misteriosa e linda, lugar que eu só consegui parar de olhar quando a visão, da janela do avião, não a alcançou mais.

Mas é hora de voltar ao Brasil. O Cristo Redentor me espera. Além de uma das Maravilhas eleitas, é o ponto final da minha viagem. Local perfeito para agradecer por tudo que vivi nos últimos meses.

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