Mochileiro das Maravilhas visita Hanói.

País tortuoso e comprido, cheio de belezas naturais e surpresas. Mesmo amargos por causa da história de guerras, os vietnamitas deixam escapar sorrisos quando se brinca com eles.

Saltei dentro do Open Tur e lá fui eu, de Ho Chi Minh rumo ao norte, parando onde minha mochila mandasse.

O Open Tour é uma grande facilidade aos viajantes que querem conhecer o Vietnam. Em quase todas as agências, tanto de Ho Chi Min como de Hanói, encontra-se esse bilhete que várias empresas oferecem. Reserve seu trecho sempre um dia antes e escolha entre sleeping bus (deitado) ou por sitting bus (sentado), de acordo com o conforto que você quer e com o tempo de duração das suas viagens. E não se esqueça de estar no local de embarque pontualmente.

Praticamente deitado no meu assento (bem reclinado), senti que o meu ônibus só não era mais sleeping ainda por que os motoristas daqui gostam de buzinar a cada ultrapassagem e pensam estar disputando o rally Paris-Hanoi. Sim, as estradas sugerem um rally, cheias de buracos, curvas e muita aventura, mas os motoristas são bons, então dormi tranqüilo.

Segui durante a noite até alcançar Nha Trang, simpática cidade do litoral do Vietnam. A praia é linda e o calçadão merece uma boa caminhada, mas a grande atração está dentro do mar. O mergulho é um dos principais atrativos e, diariamente, diversos barcos lotados de mergulhadores partem rumo às ilhas da região. O mar me encanta e me faz muito bem. Aqui a experiência foi realmente incrível. Foram Quase duas horas debaixo d´água, em dois pontos da Ilha Mun, em contato com uma rica vida marinha, corais e peixes de diversos tamanhos e cores.

Mais uma noite dentro do ônibus e, entre trepidações, ultrapassagens arrojadas e encontros com mochileiros conhecidos durante as paradas, chegueiem Hoian. Estacidade é muito conhecida pelo o trabalho de confecção de roupas. Pessoas do mundo inteiro vêm aqui, compram dezenas de quilos de roupas e enviam para seus países. Pouco espaço na mochila e pouca vontade de comprar, então aluguei uma bicicleta, percorri a cidade e também os quatro quilômetros de lindas paisagens à beira do rio Hoian, até a praia. Lá conheci Li, vendedora ambulante que anda diariamente pelas areias de Hoian caçando fregueses. Nas suas cestinhas, amendoins, imãs, frutas e outras coisas que algum dia podem ter utilidade nas nossas vidas. Valeu pelo papo e pelas risadas! Apesar de ser baixa temporada e ela não estar feliz com as vendas, ela continua sorrindo! Também, que não sorriria com um visual desses!

Hue foi a parada seguinte. Essa foi a capital do Vietnã por muitos anos no passado e abriga a cidade imperial, onde diversos imperadores viveram durante suas dinastias. Para variar, milhares de motos, bicicletas e ciclos – veículo de três rodas (uma atrás onde o motorista pedala, em pé e duas na frente, que suportam a cadeirinha do passageiro) lotam o trânsito da cidade. Assim, com meu motorista, Hòa, mais um amante do futebol brasileiro, conheci, de ciclo, um pouco da região.

Cheguei em Hanói, capital do Vietnam e  última parada do Open Tour. Logo de cara, relembrei que estava em uma grande metrópole. O ônibus, por algum motivo que não entendi muito bem, não pôde seguir até o centro antigo para o desembarque e parou numa área aparentemente não muito amigável. Assim que o motorista abriu a porta, diversos motociclistas invadiram o ônibus oferecendo transporte. Quando consegui descer, um deles já carregava minha mochila, que tinha sido retirada do bagageiro. O jeito foi, amigavelmente, retomar minha bagagem e seguir meu rumo, que naquela hora, eu não sabia qual seria, mas fui descobrir um pouco mais tarde.

Hanói tem um centro antigo bem movimentado. Mercadinhos, motocicletas (de novo!) e muita gente circulando, entre locais, ambulantes e turistas. O lago Hoan Kiem, no meio dessa região, é ponto de encontro nos finais de semana – casais, famílias e turistas ficam por ali, se distraindo com o movimento e vendo o tempo passar. Mas apesar de Hanói ser a capital, a principal atração dela é ser o ponto de saída para muitos pontos do norte do país. E entre eles está a pérola do Vietnam, a Baía Halong. Dizem por aqui que vir ao Vietnam e não visitar a Baía Halong é como não vir ao país. Então lá fui eu!

Lá estava eu e outros viajantes, além da tripulação vietnamita. Após aproximadamente vinte minutos, começamos a entrar na Baía Halong e então, da parte mais alta do barco só pude ouvir o barulho do motor e dos cliques das câmeras fotográficasem ação. Naquelemomento eu coloquei esse local, que é Parque Nacional e Patrimônio Mundial pela UNESCO, na lista dos lugares mais bonitos da minha viagem.

O local é realmente mágico. Entres verdes e azuis, estão três mil ilhas que compõem uma paisagem inesquecível. As calmas e mornas águas são um prato cheio para quem gosta de nadar ou andar de caiaque. E cada ilha ainda esconde outras atrações, como praias, cavernas ou pequenos animais e pássaros. Um banho de natureza e uma despedida perfeita!

O Vietnã foi uma grata surpresa. Sei que há muito mais por aqui e poderia passar meses nesse país, mas é hora de seguir meu caminho. Até semana que vem, direto de algum lugar do mundo!

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Coluna publicada no portal iG Turismo.

 

 

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