Mochileiro no México: aula de história na terra dos Maias!

Iucatã: estado que recebe a grande maioria dos turistas que vão ao México. Não à toa. Cancun e tantas outras maravilhas fazem desse lugar mais do que especial.

Momento de relax em Isla Mujeres

Passei meu primeiro dia em Isla Mujeres. Sóa travessia de ferry, que durou vinte minutos, já valeria a viagem. Uma chuva se armava ao fundo e o céu cinza contrastava com o azul-anil do Mar do Caribe. Uma cor que nunca vou esquecer! A chuva não chegou lá, mas eu sim. Essa encantadora e lindíssima ilha de águas claras e mornas, areia fina e branca e pessoas simpáticas foi minha casa por um dia. Um pôr-do-sol laranja com Cancun ao fundo, fechou perfeitamente a minha visita.

Mas o grande motivo da minha vinda ao México estava a três horas de Cancun. Vim até aqui para conhecer a cidade de Chichén Itzá, mais especificamente a Pirâmide de Kulkulcan, eleita na quinta colocação na eleição das Novas Maravilhas do Mundo Moderno.

“O Castelo”, como também é conhecido, é o principal destaque da cidade que foi o principal centro político e econômico da civilização Maia, que habitou o local há mais de 1500 anos. Do alto dos seus imponentes50 metrosde altura, entrou para a História como o ícone religioso de Chichén Itzá, carregado de ares místicos. Para muitos estudiosos, Kulkulcan foi construída e utilizada para fins astrológicos.

Contemplando a pirâmide em Chichen Itza…

Prova disso está na sua arquitetura. Quatro grandes escadarias emolduram cada face da pirâmide mexicana. E em cada escadaria, podemos contar 91 degraus. Se somarmos todos os degraus à plataforma superior da Kulkulcan, chegamos a 356 degraus; um para cada dia do ano. Bem sugestivo, não?

Além disso, outro acontecimento muito interessante prova o uso da pirâmide como calendário solar pelos maias. Sorte daqueles que conseguem estar aos pés da Kulkulcan nos dias 21 de março e 21 de setembro, datas que marcam o início da primavera e do outono mexicano.

Na escadaria norte, uma enorme silhueta do corpo de uma serpente é projetada pela sombra que o sol faz ao bater em uma das faces da pirâmide. Essa sombra, quase que como mágica, “encaixa” perfeitamente na cabeça de uma serpente, esculpida em pedra no primeiro degrau da escada.

Mas como há três anos, visando uma maior preservação desse sítio arqueológico, ficou proibido subir na pirâmide, restou-me sentar no gramado e ficar, por algum tempo, apenas admirando aquela obra perfeita e imaginando tudo que já se passou por ali. Turistas, guias e locais passavam e eu perdi a noção do tempo, viajando e sentindo como se estivesse vivendo há centenas de anos.

Caminhar por Chichén Itzá, onde viveram aproximadamente cinqüenta mil habitantes maias, é como estar em uma aula de História a céu aberto. O Observatório – também chamado de Caracol, por causa do formato – era utilizado para os estudos astronômicos. A Praça das 1000 Colunas, antigamente, quando havia um teto, formava galerias. Os Cenotes, além de bonitos, eram poços de água que abasteciam a região e palco para cerimônias, como a do sacrifício humano.

O México tem muita cultura, história, boa música, deliciosa comida e muitas outras atrações. Vou continuar andando por esse lindo país para, na semana que vem, contar um pouco mais sobre o que vi por aqui e sobre meus próximos passos.

——————————————–

Veja também:

Mochileiro no Festival Cervantino, no México!

Posts dos Estados Unidos!

Vídeos das viagens do Mochileiro das Maravilhas.

Booking.com

3 thoughts on “Mochileiro no México: aula de história na terra dos Maias!

    1. Daniel Thompson

      - Edit

      Responder

      Obrigado pela mensagem, Rodrigo!!!
      Pois se esse é o seu sonho, vá em busca dele. É possível, tenha certeza!
      Abraço e muita sorte! Boas viagens!

  1. Pingback: Festival Cervantino e a capital do México! - Mochileiro das Maravilhas

Adicionar comentário