Cingapura: pequena e imponente!

Desembarquei na estação de Woodlands onde recebi meu visto de entrada com um sorriso de boas vindas. A oficial que me atendeu era muito simpática! Minha alegria durou pouco. Uns 20 passos à frente e sem sorriso no rosto, o oficial (sim, dessa vez era menino) me encarou e começou a revista completa nos meus bolsos e mochilas. As perguntas e pedidos durante os 15 minutos que fiquei ali foram bem diretos: “o que tem aqui?”, “Abra!” e “O que é isso?” Tudo bem, sou um brasileiro, viajando sozinho, semi-sujo, com cara de inocente e talvez, por isso, possa até ser visto como um potencial terrorista que carrega uma super bomba no mochilão ou um traficante que esconde quilos e mais quilos de drogas embaixo das cuecas sujas para despistar cães farejadores, mas que bate uma preguiça quando me pedem pra abrir as mochilas, ô se bate!

Enfim, faz parte da brincadeira e acontece mesmo. Tem que acontecer! Eu respeito, pois isso mostra a segurança de cada lugar. Para vocês terem uma idéia, na passagem da Tailândia para a Malásia, eu vi um cara entrar no vagão e esconder sacos e mais sacos de “algo” embaixo dos assentos (do meu não!) uma estação antes de parar na fronteira. Tudo isso com o claro consentimento do funcionário do trem.  Ele só reapareceu, de roupa trocada, já no outro país.

Bom, voltando à minha história… depois de algum tempo convivendo com possíveis revistas, eu aprendi a ter calma. No começo eu abria todas as mochilas conforme iam pedindo, depois achava que podia ter esquecido algo, além de ficar pensando que eles poderiam facilmente colocar algo na minha bagagem. Hoje, tudo com cadeado e só começo a abrir uma nova mala quando a anterior está fechada. Fora que tenho sido detalhista nas explicações. Ué, eles querem saber, não é? Tenho um trabalhão pra tirar as coisas e reorganizá-las (principalmente esse equipamento novo, que fica encaixadinho e cabe justo na mochila de mão), então nada mais certo do que contar a verdade e aproveitar para testar a paciência deles, não é?!

Por exemplo, quando me perguntam sobre as câmeras, em vez de responder apenas “Isso é um equipamento de filmagem!”, eu digo: “então… escrevo, filmo e fotografo minhas viagens, portanto desenvolvi esse equipamento, composto de 3 câmeras, colete, etc, etc, etc…” normalmente (leia em 95% das vezes) eles não me deixam concluir e pedem pra fechar a mala antes de eu tirar tudo. Assim, todo mundo sai ganhando!

Bom, eu estava chegando em Cingapura, né? Pois é! Com uma hora de atraso, após a passagem pela imigração, sacar dinheiro, trocar as notas para comprar o passe, pegar ônibus e metrô, cheguei em Chinatown, onde meu amigo Henrique, que vive no país há 6 meses, estava pacientemente me esperando! Foi legal ver um rosto conhecido novamente!

A cidade me impressionou. Limpa, organizada, moderna, segura e bonita! Tudo que eu havia ouvido falar era verdade e esse pedaço de terra, menosprezado pelos Malaios há algumas décadas, se tornou uma potência e um dos centros econômicos da Ásia.

Durante os dias seguintes, Henrique me levou pra conhecer a cidade. Aliás, em muitos dos lugares, ele também fazia sua estreia, como na Singapure Flyer, a maior roda gigante do mundo, que é um dos símbolos de lá. Passeamos também pela baía, onde um grande complexo comercial e de entretenimento está localizado. Além disso, passamos um dia em Sentosa, uma ilha de diversão, com parques temáticos, praia artificial  e muitas atrações. A Disney deles!

O ano novo chinês chegou e a festa foi grande. Choveu um pouco, mas isso não atrapalhou nossos planos. O ano do dragão, esperado por todos, veio com fogos e muita música, além de boa comida!

Nós ainda tivemos tempo de sair um pouco e conhecer a vida noturna da cidade, que é muito agitada. Gente de todos os cantos do planeta que fazem um mix interessante. Foi legal ter pego justamente o período de feriado prolongado, assim o Henrique pode me acompanhar nos passeios e ser um guia!

Em cinco dias, esse cara que era um companheiro de futebol dos tempos de faculdade se tornou um grande parceiro de viagem e amigo pro resto da vida! E ele deixou o recado: fui o primeiro a visitá-lo, praticamente um embaixador, mas tinha que me comprometer e avisar os outros amigos que as portas estão abertas!

Aliás, para as leitoras de plantão, o cara é gente fina e faz bico de guia. Analisa currículos e, se você estiver com dificuldades, pode até te ajudar a conseguir uma cama na cidade! Recado dado, brother! Valeu!

O próximo post é da Indonésia, onde tem Maravilha Natural! Fiquem ligados nas redes sociais e aqui!

Até breve!

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2 thoughts on “Cingapura: pequena e imponente!

  1. CECILIA THOMPSON

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    DAN, adorei o post e já copiei no FAce. A história da segurança é ótima – nada para acabar com a pciência dos outros do que explicar “tudo nos mínimos detalhes”! As fotos são ótimas, mas me assustei mais com você do que com o dragão. No momento, estamos sob uma verdadeira tempestade, com todo o acompanhamento de luz e som. Parece noite! Abs. para o Henrique (é o Hirschfeld?) – e continue vendo coisas lindas e nos contando. Bom Vietnam… Beijos, tia Ciça

  2. Pingback: Vietnam? Ainda não! « Daniel Thompson, o Mochileiro das Maravilhas

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