O Japão é certamente um dos lugares mais incríveis que eu já pisei! Fato!
O idioma é o maior obstáculo, mas a educação e o carinho dos japoneses com os visitantes faz isso ser algo quase irrelevante…
Comecei por Tóquio, capital de um dos países mais poderosos do mundo e um dos centros comerciais do planeta. Mais de 12 milhões de habitantes, grande agitação, com todo mundo falando japonês. Vendo assim, um prato cheio para eu me perder e aproveitar pouco, certo? Errado! Aqui começou meu encantamento pelo Japão. Com um guia/amigo de mais de 15 anos, comecei a rodar por todos os cantos e me senti em casa!
A metrópole não pára. São inúmeros idosos ativos e circulantes, jovens de cabelos coloridos manuseando celulares, games, celulares e outros brinquedinhos que você provavelmente só verá no Brasil dali a uns anos… executivos apressados, cores, luminosos, trens e metrôs para qualquer lugar, entretenimento em abundância e boa comida – principalmente a japonesa, claro! Mais ou menos aquele “tudo aos mesmo tempo agora”, sabe?!
Pra começar, eu recomendo um rolê por Shibuya, o bairro mais badalado e movimentado da cidade, com aquele cruzamento maluco cheio de publicidade, carros e muita, mas muita gente! Você com certeza já o viu em algum lugar!
Ah, lá mesmo está a estação de mesmo nome (Shibuya), onde fica a estátua do Hachiko, aquele cachorrinho que esperou o dono voltar por muitos anos e virou filme em Holywood (Sempre ao seu lado) com o Richard Gere, sabem?
Pois é, eu tirei uma foto com ele!
O transporte é praticamente perfeito. Ônibus, trens e linhas de metrô formam uma completa rede que atende quase cada esquina. A organização é um dos pontos fortes dessa metrópole de limpeza incrível, além da cordialidade dos japoneses ser imbatível.
Casulo pós-balada
No meio de tanta agitação, Roppongi faz sucesso. Este distrito reúne os mais badalados bares e discotecas para estrangeiros e locais. Basta escolher e entrar num lugar onde se vê de tudo!
Em tempos de Lei Seca no Brasil, bem que poderíamos pegar o exemplo japonês para diminuir acidentes e confusões com motoristas embriagados. Por aqui, se alguém quiser descansar antes de ir para casa, basta procurar por um dos milhares de “casulos” espalhados pela cidade. Com aproximadamente 3 mil Ienes (cerca de R$ 50) você entra na “gavetinha”, fecha sua cortina e cochila até o sol raiar.
Mundo zen
Paralelamente a toda essa agitação, existe uma Tóquio “de outro mundo”. Uma Tóquio que te leva para fora da maluquice e modernidade da capital por meio de seus tradicionais e deliciosos jardins e templos budistas.
O templo Sensoji é parada obrigatória. Turistas e locais se misturam, juntando curiosidade, fotos, rezas e costumes. O Palácio Imperial tem parte aberta aos interessados e vale uma visita. Lindo! No meio da movimentada Tóquio, ele muda o ar da cidade e te coloca no mundo oriental!
De trem-bala rumo à Maravilha
Deixei a capital e deslizei a 250 kmpor hora no famoso Shinkansen, o trem-bala. Destino: Kyoto, centro turístico e zen do país, devido ao grande número de Templos espalhados pela cidade. Há muitos, mas eu me limitei ao Templo da Prata, do Ouro e o da Água Pura – o Templo Kiyomizudera, minha Maravilha.
Na encosta de uma das montanhas que circundam Kyoto, está esse complexo de templos budistas do séc. VIII. Todo construído em madeira com grandes pilastras de sustentação, ele se encaixa perfeitamente na paisagem local e ainda te possibilita, por uma grande varanda, ter uma vista panorâmica da cidade.
Por algumas vezes me peguei sorrindo sem motivo (ou com todos os motivos), tamanha paz e tranqüilidade que o lugar transmite. Incrível e inesquecível! O ar, a paisagem, a energia e, claro, a água desse local, te fazem diferente. Mesmo sem gosto, foi a água mais deliciosa – e gelada – que eu já bebi!
O Japão é realmente maravilhoso e eu não pude deixar de ir mais ao sul. Não sei por que, mas queria chegar mais perto e saber mais sobre a história da II Guerra Mundial. Acho que gosto de fortes emoções. Aconselhado pelo meu amigo, fui visitar Nagasaki (cidade atingida pela bomba atômica em 9 de agosto de 1945) e pude ver duas realidades: uma cidade linda com povo tranqüilo e sereno e um local que mexeu com minhas emoções. Se algum dia alguém disser que visitou a praça da paz, o Museu da Bomba Nuclear ou o local do epicentro da explosão e não se emocionou, eu não acreditarei.
Gostaria de ficar pelo Japão por muito mais tempo conhecendo cada cantinho desse país incrível, mas era hora de partir…
Arigatô, Japão!
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Irene Maculo
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Adorei o comentário. Pensando em visitar o Japão.